Edição

Ano Novo, as mesmas (eficientes) soluções

24 de janeiro de 2018

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Há quem diga que a mudança no calendário é apenas uma questão de ordem cronológica e que a festejada “virada” do ano ­velho para o novo, de nada adianta. ­Assim sendo, que valor teriam as listas de resoluções e as promessas de mudanças em vários aspectos de nossas vidas que desejamos aperfeiçoar? Para uma parcela significativa de pessoas, nenhum.

Prefiro enxergar na transição do calendário um sinal de que sempre podemos buscar a renovação, um passo a cada dia. Entendo este momento singular como a chance de realizar uma retrospectiva pessoal, a oportunidade de fazer um balanço de tudo o que construímos, não apenas ao longo dos últimos doze meses, mas no decorrer de nossas vidas.

Diante desses fatos, teremos a chance de avaliar a nossa evolução sobreposta ao nosso repertório de ­conhecimentos, premissas, dogmas, conjecturas e princípios de valor. A partir de uma análise que some razão e emoção, nos tornamos capazes de tecer renovadas expectativas, sempre embasadas no resultado atualizado de nossas experiências (boas ou não). Este é, para mim, o verdadeiro sentido da renovação que nos chega com 2018 e, assim sucessivamente, a cada próximo ano que celebrarmos a chegada.

Então quando digo que o “ano é novo, mas as soluções são as mesmas” refiro-me, como “soluções”, a este arcabouço de valores, saberes e entendimentos que reunimos ao longo de nossa existência. São estes os instrumentais capazes de nos fazer avançar para a plenitude de nossas pretensões de realização pessoal e comunitária. E, em retrospecto, percebemos o quanto, afinal, avançamos em nossos projetos de vida.

Esta reflexão também se aplica às “expectativas de Ano Novo” para o nosso país. E as “mesmas soluções” realmente efetivas são e sempre serão encontradas pela via do Judiciário. Se avaliarmos o conjunto de saberes, conhecimentos e postulados construídos em torno dos últimos acontecimentos na vida pública ­nacional, seremos capazes de perceber a indiscutível verdade que evoluímos em muitos sentidos.

Esta edição, cuja reportagem de capa tem foco no mais representativo impasse de nossa República, reúne artigos que exemplificam muito bem as múltiplas propostas de eficiência – em diferentes campos da atividade humana – que advêm de um único caminho: a aplicação da Justiça pautada pelo respeito à Constituição Federal. E é exatamente isso o que seguimos fazendo há quase 20 anos: apresentar ao público as veredas, orientações, trâmites e soluções que partem de nosso Judiciário.

Fazemos, durante todos os meses do ano, um ­balanço de tudo aquilo que o Judiciário traz como contribuição intrínseca de sua missão. E esta Instituição republicana, por sua vez, no revela o quanto é possível atingir as expectativas de uma Nação livre de vícios, mazelas e problemas sociais a cada dia, a cada novo julgamento. Ou “a cada nova resolução de Ano Novo”, se assim preferirem chamar. Que a busca pelo aperfeiçoamento de nosso País siga em construção para a plenitude do bem comum e de um Brasil efetivamente realizado em suas disposições cidadãs.

Feliz 2018!