Cremado no rio corpo do cinegrafista vítima de ataque com rojão. Inquérito da polícia será concluído amanhã e criminosos podem pegar até 35 anos de prisão

13 de fevereiro de 2014

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O corpo do cinegrafista Santiago Andrade, morto vítima de um rojão disparado por dois jovens – já presos – nas manifestações de rua contra aumento das passagens de ônibus, no Rio, no último dia 6, será cremado na tarde de hoje, quinta-feira, no Memorial do Carmo, no Rio.

Esta manhã, o cinegrafista recebeu homenagens diversas na Praia de Copacabana. Centenas de pessoas e profissionais da imprensa estiveram no velório. Durante duas horas, de 11 horas até as 13 horas, a cerimônia esteve aberta apenas para a família.

O caso da morte do cinegrafista causou indignação e estupefação nacional, repercutindo em todo o mundo, com o Brasil qualificado pela entidade Repórteres Sem Fronteiras e por diversas entidades mundiais de “o pior país da América Latina para se exercer o jornalismo, o que oferece maiores riscos aos profissionais da imprensa”.

Em todos os meios da sociedade, pergunta-se quem está por trás de bandos de jovens, devidamente pagos, para irem a passeatas legítimas e arrumarem confusões, promoverem violências, desafiarem a polícia e a legalidade, causarem danos ao patrimônio público e privado, provocarem ferimentos e até mortes. A sociedade brasileira cobra uma profunda investigação sobre o assunto para se descobrir as entidades e organizações que financiam estes grupos de baderneiros e criminosos.

Há discussão sobre endurecimento de leis. Outros atestam que o Brasil já possui um arsenal de leis capaz de promover a paz social e evitar a ação destes grupos que são convocados pela internet em redes sociais.

Caio Silva, de 23 anos, que lançou o rojão no meio da multidão e que matou o cinegrafista e Fábio Raposo, que lhe deu o rojão, ambos presos no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio, serão processados e podem levar até 35 anos de prisão, por vários crimes, inclusive por usar artefato explosivo.

Caio Silva ainda não admitiu, oficialmente, à polícia sua culpa, mas todos os fatos e mesmo sua confissão, gravada para uma repórter, serão utilizados pela polícia para fechar o inquérito oficialmente nesta sexta-feira.