Novo governo: novas esperanças

24 de novembro de 2014

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Orpheu Santos SallesCom a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff, a Nação reafirmou sua preferência ao buscar, esperançosa, que a gestão renovada deste governo traga dias melhores e mais auspiciosos, como prometido às escâncaras e divulgado pela candidata.

As discussões havidas no decorrer da disputa entre os candidatos – algumas despropositadas e até imperti­nentes –, serviram, para mostrar aos eleitores o quanto falta, na administração pública, de efetivo trabalho e realizações para gerir melhor e mais racionalmente as obras públicas; o quanto é preciso alcançar para o gasto do erário ser devido e parcimonioso; a necessidade de melhoria real da educação fundamental, e dos ensinos médio, técnico e universitário; a urgência da implantação imediata, efetiva e rigorosa de atendimento condigno na saúde pública, em especial à população humilde que padece e sofre com a falta de assistências médica, hospitalar e de medicamentos; e também as aflitivas crises da água, da energia elétrica e da absoluta falta do saneamento básico.

Os agradecimentos proferidos e proclamados pela presidenta aos seus eleitores ao final da apuração e após reconhecida a eleição trouxeram, além dos compromissos e afirmações, os propósitos de prosseguir na busca do diálogo com o chamamento da união e dos entendimentos democráticos e da conciliação política.

A peremptória afirmativa e pregação da reforma política com o uso do plebiscito por meio de uma consulta popular, como o primeiro e mais importante compromisso, reafirma o propósito do diálogo para realizar as mudanças que a sociedade brasileira exige.

Do pronunciamento da Presidenta Dilma, extraímos alguns trechos que reafirmam princípios que, se levados em conta no novo mandato, se tornarão alvissareiras de esperanças para o porvir do novo governo:

Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora. Quero ser uma pessoa muito melhor. Esse sentimento de superação não deve apenas impulsionar o governo e a minha pessoa, mas toda a Nação.
(…)
Algumas palavras e temas dominaram esta campanha. A palavra mais repetida, mais dita, mais falada, mais dominante, foi mudança. O tema mais amplamente evocado foi reforma. Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade exige. Direi sim a esse sentimento que vem do mais profundo da alma brasileira. A minha disposição mais profunda é liderar da forma mais pacífica e democrática este momento transformador. Estou disposta a abrir espaço de diálogo com todos os setores da sociedade para encontrar as soluções mais rápidas para os nossos problemas.
(…)
Vamos dar mais impulso à atividade econômica em todos os setores, em especial no setor industrial. Quero a parceria de todos os segmentos, setores, áreas produtivas e financeiras, nessa tarefa que é responsabilidade de cada um de nós brasileiros e brasileiras.
(…)
Seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal. Vou estimular o mais rápido possível o diálogo e a parceria com todas as forças produtivas do País.
(…)
Terei um compromisso rigoroso com o combate à corrupção e com a proposição de mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade, que é protetora da corrupção. Ao longo da campanha, anunciei medidas que serão importantes para a sociedade e para o País enfrentar a corrupção e acabar com a impunidade.
(…)
O Brasil, esse nosso querido país, saiu maior nesta disputa. Eu sei da responsabilidade que pesa sobre meus ombros. Vamos continuar a construir um país mais moderno, mais produtivo, um país de solidariedade e das oportunidades. O Brasil que valoriza o trabalho e a energia empreendedora. O Brasil que cuida das pessoas sem olhar especial para as mulheres, os negros e os jovens, O Brasil que cada vez é mais voltado para a educação, para a cultura, para a ciência e para a inovação. Vamos nos dar as mãos e avançar nesta caminhada que vai nos ajudar a construir o presente e o futuro. O carinho, o afeto, o amor e o apoio que recebi nesta campanha me dão energia para seguir em frente com muito mais dedicação.
(…)
Hoje estou muito mais forte, mais serena e mais madura para a tarefa que vocês me delegaram. Brasil, mais uma vez essa filha tua não fugirá da luta.
(…)
Viva o povo brasileiro !

O brado retumbante e patriótico da presidenta Dilma, pronunciado no discurso ao fim da eleição, reflete e se coaduna também com as incisivas palavras ditas sobre o combate à corrupção e na afirmativa disposição de aplicá-la, como declarado com ênfase: “doa a quem doer”, além de estar acompanhada da taxativa declaração sobre a pretendida e necessária reforma política, cujos desmandos imorais e a deturpação legal são aplicados por métodos antiéticos e imorais, constituindo-se indiscutivelmente no motivador e causador da prática criminosa da corrupção eleitoral e política, como se vem praticando abertamente no Brasil, desde a proclamação da República, e que, infelizmente, se desenvolve cada vez mais e de forma cavilosa e alarmante até os dias de hoje, como se constata vergonhosamente em todas as eleições.

Que a intenção e os benfazejos propósitos da presidenta Dilma Roussef se realizem e que as esperanças da maioria da Nação, que votou na continuação do seu novo governo, se realizem e se concretizem para o bem do País.