Em passado recente o povo brasileiro se viu fraudado e furtado com a privatização da Cia. Vale do Rio Doce, considerada a maior e mais rica mineradora do mundo, criada em 1942 pelo Presidente Getúlio Vargas, depois da nacionalização da Itabira Iron, enfrentando grandes grupos internacionais, aliados a conglomerados econômicos nacionais, cujas lutas contra os interesses contrariados, se constituiu numa das causas que levou o Presidente da República ao suicídio em 1954.
Apesar do preço vil com que foi privatizada, felizmente, a sua direção técnica e administrativa acabou ficando em mãos de empresas e dirigentes nacionais, isenta de politicagem e da corrupção, tendo aumentado o número de empregados de dez mil para sessenta mil, e o valor de mercado de R$8 bilhões para R$125 bilhões, segundo notícias veiculadas.
Infelizmente, comentaristas de grandes jornais e emissoras de rádio e televisão estão divulgando a atuação de grupos financeiros e políticos, interessados em alterar a atual direção da Vale e substituí-la por arrivistas e pessoas estranhas às atividades técnicas e administrativas da empresa.
É de se esperar, que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve uma gloriosa consagração nacional, como ninguém no Brasil conseguiu, com a conquista da cidade do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, não se deixe levar pelo canto de sereia dos interessados, que não possuem a competência devida para dirigir o grande complexo da Vale, e cometa essa impropriedade contra os interesses reais da Nação.
O objetivo deste Editorial é compartilhado e comungado com a opinião categórica e repulsa efetiva da imprensa especializada, bem como das cartas de inúmeros leitores que expressam suas opiniões, como as que transcrevemos da edição do jornal “O Globo” dos últimos dias, que repelem essa malfadada intenção, que se encontra, infelizmente, em plena e indigesta elucubração.