Acordamos!

21 de junho de 2013

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É, os jovens do Brasil acordaram! A juventude acordou! Eu já havia pensado em desistir, mas agora corre um sangue novo em minhas veias. Eu não sou mais tão jovem, mas ainda estou em forma e preparado para lutar, emocional e fisicamente. A juventude acordou para a defesa de seus direitos, e para a luta para defender os direitos humanos fundamentais. Perguntaram-me: “o que você achou dos movimentos que se espalharam pelo Brasil”? Eu respondi: “foi emocionante! Mexeram comigo”!

Agora os jovens entendem que tem que conhecer a Constituição Federal, e que tem que lutar pela garantia de todos os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Eles hoje sabem que estamos falando nos direitos voltados para a proteção de todos os indivíduos sem qualquer forma de distinção; e que estamos falando em lutar contra o desrespeito à dignidade de todos em seu sentido mais amplo, e pela liberdade de todos também em seu sentido mais belo e abrangente: ir, ficar, vir, falar, ser, ter (saúde, educação, trabalho, moradia… paz)!

Olhava aquelas imagens e pensava se “será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo isso em vão? Será que vamos conseguir vencer” (Será?) Ah, Legião Urbana, vamos conseguir vencer sim, somos milhões agora, acordados e conscientes.  E a maioria é de jovens com disposição e coragem para lutar contra os desmandos e a corrupção que imperam neste País. E todos nós sabemos agora que “não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta. Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer” (Gabriel Pensador, Até quando).

Meus participaram dos movimentos, da parte pacífica deles. Senti-me primeiro assustado, depois orgulhoso. Hoje digo sem medo para eles: “e então, agora que vocês enxergaram a luz, levantem, resistam e lutem pelos seus direitos” (Bob Marley, Get up, stand up). E eles me ouviram! Eles me disseram que “quando nascemos, fomos programados a receber o que vocês nos empurraram”, e eu disse que era verdade. Mas, que não fizemos nada por mal, que foi apenas por comodismo. Mas, hoje só espero que vocês lutem pelos direitos de vocês, porque sei que vocês jovens de hoje, como vocês mesmos dizem, “somos filhos da revolução, somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação” (Legião Urbana, Geração Coca-cola).

Eu começo a acreditar que, se isto continuar, “talvez no futuro haverá um tempo sem guerra, sem miséria, nem tristeza. E crianças famintas não terão que morrer. Se trabalharmos juntos hoje, vamos salvar o amanhã” (Mariah Carey, There’s got to be a way). E vamos mesmo, mas temos que estar juntos sem preconceitos, sem discriminação e sem fronteiras. “Eu sei como é difícil acreditar, mas essa porra um dia vai mudar. Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem, que não é sério. O jovem no Brasil nunca é levado a sério” (Charles Brown Jr, Não é sério). Mas, isto agora vai mudar! Já está mudando! Já mudou!

Autoridades brasileiras incompetentes, e sem compromisso com o povo, saibam que “quando a paixão assume um propósito e procura abraçar a luz, você sabe que é aqui. Quando os caídos retornam para cima de seus pés, e os sem esperança começam a sonhar de novo, e que quando o som da esperança preenche as ruas, você sabe que é aqui. Revolução, você pode sentir isto?” (Lifehouse,Revolution cry). Autoridades, revolução com inteligência e em paz! É aqui! Bem aqui! Você agora sabe que é aqui!

Vocês não acreditam? Preparem-se! Autoridade hipócrita e corrupta, eu digo para você, o jovem diz para você, “dane-se você, eu não vou fazer o que você me diz” (Rage against the machine, Killing in the name). “Olhe para nós, organizando as nossas defesas. Então, para que perder tempo escondendo quem somos, quando nós temos a resposta para a nossa causa bem aqui, nosso alicerce”. (Alanis Morisette, Underneath). Agora temos alicerce: temos liberdade, democracia, temos voz, temos apoio e somos milhões, muitos milhões. “Chegamos a este mundo desconhecido, mas sabemos que não estamos mais sozinhos. Eles tentam nos derrubar, mas a mudança está chegando. É a nossa vez agora”! (Kelly Clarkson, People like us).

Jovem brasileiro unido e reunido, vamos lutar juntos! Apesar de nossas vidas confortáveis, “quem, quem sou eu pra entristecer diante de minha família e sorte, diante de meus amigos e minha casa? Quem sou eu para me sentir sem vida diante de minha saúde e de meu dinheiro? Acima de tudo jovem brasileiro, você hoje sabe e você diz: “Eu tenho um dever: servir, oferecer. Não posso ignorar uma mão estendida!” (Alanis Morisette, Offer). Jovem, “se tu te inflamas, se eu me inflamo, se nós nos inflamamos, então vamos juntos, como uma tocha humana, iluminar esta escuridão”!