Comissão especial vai analisar filtro de relevância para recursos especiais ao STJ

14 de junho de 2022

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Haverá presunção de relevância em ações penais e de improbidade, por exemplo. Lucas Pricken/STJ

Propostas de emenda à Constituição são avaliadas por comissões especiais antes de seguirem para o Plenário da Câmara

A Câmara dos Deputados vai instalar nesta terça-feira (14) a comissão especial que vai analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 39/21, que busca limitar os recursos a serem analisados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A proposta, de autoria do Senado, impõe, a quem recorre ao STJ, a obrigação de demonstrar a relevância das questões de direito federal infraconstitucional discutidas no caso. A admissibilidade do recurso poderá ser recusada pela manifestação de dois terços dos membros do órgão competente para julgá-lo (turma ou pleno).

Presunção de relevância

Pelo texto, haverá presunção de relevância nas ações penais, de improbidade administrativa e com valor de causa maior que 500 salários mínimos.

Também haverá nas ações que possam gerar inelegibilidade, nas situações em que o acórdão recorrido contraria jurisprudência dominante do STJ, e outras previstas em lei.

Atualmente, a Constituição permite que se recorra ao STJ, na forma desse recurso especial, em diversas situações.

A comissão

A comissão especial terá 34 deputados titulares e igual número de suplentes. O texto teve a admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça no fim do mês passado.

Após a instalação do colegiado, marcada para as 14h30, no plenário 8, serão eleitos os dirigentes do grupo.

Publicação original: Agência Câmara de Notícias