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Anarquia, não! Basta!

19 de maio de 2014

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Orpheu Santos Salles“Hay que endurecerse sin perder jamás la ternura”
Che Guevara

Os desmandados atos de violência e barbárie que estão espocando pelo Brasil afora, com a destruição de bens públicos e privados por uma horda de baderneiros que se aproveitam da arruaça para a prática criminosa e hedionda de ataques indiscriminados contra a ordem pública, sob o pretexto de uma inverossímil e presumida vingança, têm de ser combatidos com determinação, disciplina e respeito aos Direitos Humanos, mas com mando de ferro sob pena de vermos instalada e instituída no País a plenipotência do anarquismo desordenado.

Os escancarados incêndios de dezenas de ônibus no estacionamento de uma empresa em São Paulo, acompanhado da queima de vários veículos de transporte no Rio de Janeiro e alhures, estão demonstrando de forma irrefutável o descalabro cometido pela desabrida bandidagem contra a sociedade que se queda atônita e impotente contra a desordem que se está instalando, sem que haja a devida e rigorosa repreensão das autoridades constituídas e responsáveis.

A nação está assistindo o abuso escancarado de uma malta criminosa e difusa que se espalha pelo País, praticando uma delinquência coletiva contra a sociedade desassistida, desamparada, já aterrorizada e, infelizmente, também abandonada a sua própria sorte.

Não bastasse a onda de corrupção que campeia infeliz e tristemente nos vários setores da República, com revide de poucos e escassos criminosos de colarinho branco cumprindo pena em regime fechado, ainda se assiste a mais esse desgraçado bando de arruaceiros destrambelhados agindo quase livremente na prática malsã de atos criminosos.

É hora e tempo das autoridades públicas, federais e estaduais, responsáveis diretos pela manutenção da ordem pública e pela tranquilidade da população, assumirem a obrigação fundamental do modus republicano que o povo tem direito de vivenciar sob pena, em face do que está acontecendo no país, com o uso abusivo e pretexto do direito da liberdade, de desembarcarmos na plenitude da anarquia; ou o pior, correr o risco de voltarmos à ditadura.

Portanto, basta de leniência, basta de tolerância. O momento, em face ao que esta ocorrendo, é de ação e respeito à ordem. É tempo de, sem demora e com urgência revidar e reagir, antes que seja tarde demais.

A população já demonstrou publicamente, no grandioso movimento cívico de junho de 2013, o inconformismo com a desconsideração do governo com os malfeitos que têm acontecido comumente.

Na democracia republicana que está vigente no País, mesmo assegurando pretensos e ilusórios direitos de uma minoria desregrada, impõe-se ao governo a obrigação de não permitir que uns poucos – os arruaceiros e baderneiros que estão depredando bens públicos e privados, incendiando indiscriminadamente automóveis e ônibus – continuem abusando de um questionado direito de liberdade para afrontar e violentar a maioria absoluta da sociedade, constituída por cidadãos ordeiros e conscientes dos seus direitos, que não devem nem podem continuar assistindo as violências desmedidas e abusos criminosos de uma horda irresponsável, causadora da nefasta perturbação da ordem e do respeito público.