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Enapid aponta os rumos para que Brasil se torne “pátria inovadora”

16 de setembro de 2015

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A Academia do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) promoveu, de 11 a 14 de agosto, no Rio de Janeiro, o VIII Encontro Acadêmico de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento (Enapid). Com abertura conduzida pelo tenente-brigadeiro Rafael Rodrigues Filho, o primeiro dia do evento ocorreu no auditório da Escola Superior de Guerra (ESG), na capital fluminense. 

Os trabalhos foram iniciados por Gesil Amarante Segundo, diretor técnico do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), que, a despeito do otimismo demonstrado em relação à evolução do ensino no País, alertou para a importância de fazer avançar a legislação brasileira, no que tange ao setor industrial e acadêmico. “Sejamos a ‘pátria inovadora’, para avançarmos com reformas na rede de propriedade industrial”, comentou. “É preciso investir na transferência de tecnologia, como já acontece nos Estados Unidos”, concordou Cristina Quintella, presidente do Fortec. A mesa de abertura também contou com a presença da ministra interina de Ciência, Tecnologia e Inovação, Emilia Mariane Silva Ribeiro; do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; do vice-presidente do INPI, Ademir Tardelli; e do novo presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel.

Na sequência, foi realizada a cerimônia de posse do novo presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel, que afirmou estar empenhado em trabalhar pelo desenvolvimento, pela sociedade, pelo bem da economia e da inovação. 

A primeira mesa-redonda do dia, “Estratégias de Estímulo à Inovação em Saúde no Brasil e o Relevante Papel do Sistema de Patentes neste Contexto”, teve como moderador Pedro Palmeira, chefe do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos do BNDES. Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina e Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), definiu como “complicada” a situação da política de propriedade intelectual no Brasil, seja em relação à performance ou ao lugar que esta ocupa hoje no conjunto das políticas públicas brasileiras. Também participaram da mesa o pesquisador em propriedade industrial do INPI e professor da Academia de Propriedade Intelectual e Inovação (Acad), Alexandre G. Vasconcelos, que falou sobre o papel do sistema de patentes, a pesquisadora da Fiocruz-CE, Claudia Pessoa, e a diretora de patentes do INPI (Dirpa), Liane Lage. 

Depois da conferência magna, apresentada pelo professor Manuel Mira Godinho, do Instituto Superior de Economia e Gestão (Iseg) da Universidade de Lisboa, teve lugar a mesa-redonda “Gestão Estratégica dos Processos Inovativos em Países Emergentes”, com a participação de Michael Ryan, diretor do Creative and Innovative Economy Center, da George Washington University, e de Aline de Almeida Oliveira, gerente do Programa Biofármacos da Fiocruz. O tema “O Papel Estratégico da Organização e do Tratamento de Dados Primários para os Estudos em Propriedade Intelectual”, do qual participaram Elias Ramos de Souza, diretor de inovação da Finep; Jorge Magalhães, pesquisador da Fiocruz; Rafael Andrade, Chefe do Serviço de Propriedade Intelectual do CNPq; e Sergio Medeiros Paulino de Carvalho, diretor de Articulação e Informação Tecnológica do INPI, encerrou o primeiro dia de Enapid.