No RJ, cinco mulheres conseguiram medidas protetivas a cada hora nos primeiros meses do ano

19 de abril de 2023

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Medidas protetivas concedias até fevereiro representam 21% do total de casos do ano passado, segundo TJRJ – Marcos Santos/USP

Dados são do Observatório Judicial de Violência contra a Mulher do Tribunal de Justiça até fevereiro

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, até o fim de fevereiro, 8.036 medidas protetivas a mulheres vítimas de violência doméstica. Pela Lei Maria da Penha, a proteção tem por objetivo preservar a integridade física da vítima e impedir que o agressor se aproxime.

Isso significa que, em média, cinco mulheres conseguiram medidas protetivas contra agressores nos dois primeiros meses deste ano. Os dados são do Observatório Judicial de Violência contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

O registro de medidas protetivas somente até fevereiro já contabiliza 21% do total do ano passado, que foi de 37.011 casos. A mulher que sofrer uma violência ou se sentir ameaçada pode solicitar a medida protetiva em qualquer delegacia ou pela internet

Segundo os dados, o número de prisões também aumentou. De 2018, primeiro da série histórica, até o último ano, o crescimento foi de 101,5%. Em dois meses, 622 agressores foram presos.

Ligue 180

O Ligue 180, serviço telefônico que orienta e encaminha denúncias de violência contra as mulheres, também passou a atender por um canal no WhatsApp. O atendimento está disponível para todo o Brasil, 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, inclusive feriados.

Para abrir uma conversa com o Ligue 180 pelo Whatsapp é necessário salvar o número (61) 9610-0180 e enviar uma mensagem. Você também pode clicar aqui para abrir a conversa.

As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) também passaram a funcionar 24 horas por dia, inclusive em feriados e finais de semana. Além das delegacias, qualquer pessoa que presenciar ou sofrer a violência pode ligar para a Polícia Militar pelo número 190 e solicitar uma viatura ao local.

Edição: Clívia Mesquita

Publicação original: BdF Rio de Janeiro