O Medo Venceu a Esperança

18 de maio de 2015

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Lembro-me do ano em que o principal partido de oposição subiu ao poder. Era uma incerteza só, motivada por todo o histórico de seu Cofundador, LUIZ INACIO DA SILVA. Homem de posições duras e de um radicalismo contra os poderosos a toda prova. Pois é, após três frustradas tentativas de chegar ao Planalto, eis que surge o Luiz Inácio Lula da Silva e vence as eleições em 2002.

Assume o poder em 2003 rodeado por medo e incertezas e embalado pela frase da artista Global: “ eu tenho medo” – mesmo tendo atacado todos, ou quase todas as ações de seu antecessor, Luiz manteve e até melhorou algumas ações econômicos e de políticas públicas que estavam em curso. Anos se passaram, muito ou quase nada do que havia vociferado quando na oposição, caiu por terra quando sentou na cadeira presidencial.

Mas apesar de ter mantido o país nos trilhos de desenvolvimento e com inflação sob controle, ação iniciada pelo Presidente Itamar, já era tarde, o partido dos trabalhadores estava no poder. Olhando para o passado vemos quatro anos do Presidente Itamar, mais oito Presidente Fernando Henrique e mais oito do Presidente Luiz Inácio e finalmente o Brasil estava nos trilhos do crescimento. Agora sim, estávamos conversando frente a frente com os países ricos e os vira latas assumiam postura de emergentes. Mas já era tarde, o partido dos trabalhadores estava no poder.

Com plano em curso de perpetuar-se no poder, Luiz consegue eleger Dilma, fazendo assim a ex presidente do conselho da Petrobrás, a Presidente do Brasil. Mas algo não ia bem! Suspeitas começavam a ser cogitadas ainda longe das ruas e das panelas, mas somente nos bastidores palacianos e para os analistas mais antenados.

Ainda desconfiada com as revelações iniciadas em 2007 – início do mensalão – a população, sobretudo a classe C que se mantinha embalada pelo crescimento, agora não tão vigoroso, começa a desconfiar, pois havia algo errado com a esperança. Dona Esperança Roussef começa empreender continuidade mais robusta ao descarrilamento da confiança dos investidores e do vigor da economia.

Apressam-se as revelações e os bastidores palacianos, do senado, da câmara, dos gabinetes, dos escritórios, dos botequins e dos lares começam a aumentar a temperatura e a esperança aos poucos vai tornando-se tímido. A letra B vai aos poucos se apagando dos Brics e a faturas começam não só a chegar, mas também a elevar-se.

O caos agora já é uma realidade, panelas outrora translucidas sobre as fartas mesas das classes menos favorecidas, começam a ganhar outra utilidade nas mãos das famílias, a esperança continua diminuindo de tamanho frente a corrupção que vem à tona de mãos dadas com o medo tendo como condutores o partido outrora dos trabalhadores e os progressistas.

A inflação ressurge ameaçando retornar aos dois dígitos – só quem viveu isso sabe o que significa – o desemprego assume índices assustadores, a marola virá uma onda gigantesca de incertezas e de desaceleração brusca, tal qual um avião pousando em Congonhas ou Vitória, freando incessantemente com os passageiros – povo – aflitos.

Agora o medo é uma realidade e a desconfiança impera no cenário nacional e internacional. Como reflexo, os investidores migram para economias mais estáveis e países onde as regras do jogo não mudem no meio da partida e, como consequência da revoada dos dólares, o cenário que já era trágico ainda piora, motivando férias coletivas e desaquecimento da economia como um todo.

O desgoverno que aí está, se mostra completamente perdido e entregue à própria sorte. A saída agora é política, regada aos interesses sombrios da maioria parlamentar. A oposição precisa aprender a se opor e fazer valer sua posição e deixar seu legado para a história brasileira.

O povo já não aguenta mais promessas. Contudo precisamos fazer meia culpa e nos envolvermos mais na vida de nosso país.

Que venha uma educação de melhor qualidade, começando dentro de nossas casas. Que venham as reformas política e previdenciária.

Que venha o patriotismo, que venha o amor!!!!

Afinal…. Somos brasileiros, com muito orgulho com muito amor!

E que apesar de historicamente estarmos acostumados ao saque, a pilhagem, esperamos que NUNCA MAIS NA HISTORIA DESSE PAIS, isso volte a acontecer, pois é chegada a hora de passar o Brasil a limpo.