Prêmio Anamatra 2014 de Direitos Humanos

18 de dezembro de 2014

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Direitos-humanosA Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) entregou, no dia 27 de novembro, o Prêmio Anamatra 2014 de Direitos Humanos, em solenidade realizada no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro. O edifício foi antiga sede do Supremo Tribunal Federal, inaugurado em 1909 pelo arquiteto Adolpho Morales de Los Rios, sendo um dos mais importantes testemunhos da arquitetura eclética do País e do Rio de Janeiro da Belle Époque. Desde 2001 é aberto ao público como Centro Cultural.

O Prêmio Anamatra tem como objetivo valorizar e incentivar ações e atividades realizadas por pessoas físicas e jurídicas comprometidas com a promoção efetiva da defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho e recebeu, nessa 6a edição, 96 inscrições em diversas categorias e subcategorias. A diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, Silvana Abramo, avaliou os trabalhos recebidos este ano e concluiu que o objetivo da iniciativa mais uma vez foi cumprido: “A cada edição o Prêmio Anamatra inova e agrega valores e novas ideias. Recebemos trabalhos relativos aos mais variados temas e de diversas regiões do País, demonstrando que o envolvimento, o vigor e a criatividade de profissionais e organizações da sociedade civil na defesa intransigente dos direitos humanos e o compromisso com o combate às desigualdades no Brasil se fortalece permanentemente, não admitindo retrocessos e avançando cada vez mais”.

Um dos destaques da premiação foi o fotógrafo do Jornal “O Povo”, do Ceará, Edimar Francisco Soares, na subcategoria Fotografia, com o título do trabalho “Reciclando Vidas”. A foto retrata a cena ocorrida em um jogo de futebol da Copa das Confederações, no Estádio Arena Castelão, na qual uma trabalhadora, catadora de lixo reciclável, se encontra dentro de um container sem ser vista pelos torcedores que jogam lixo sobre ela. A imagem evidencia a invisibilidade desses trabalhadores e suas condições degradadas e desumanas de trabalho, segundo o autor.

O vencedor em cada categoria/subcategoria recebeu premiação em dinheiro no valor de R$ 10.000,00 e a estatueta inspirada no “Cilindro de Ciro”, artefato de barro de 539 a.C, que tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e por ser considerado a primeira declaração de direitos humanos da história.