“O que está em jogo não é somente a esperança, mas o futuro da Nação”

2 de janeiro de 2023

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Há quase 20 anos, em fevereiro de 2003, logo após a primeira vez em que Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto para assumir a Presidência da República, assinalou em editorial o fundador da Revista JC, Orpheu Santos Salles, mais atual do que nunca: 

A fé, o amor e o patriotismo, para continuarem vivos e atuantes, têm e devem ser cuidados como a brasa, que mais se acende e ilumina quanto mais se sopra. Assim como se combate a descrença com a fé, onde há amor não prospera o ódio e a violência e onde se cultiva o civismo, a ética, a moralidade e o patriotismo não se propaga nem frutifica a indignidade, a desonestidade e a corrupção. (…)

O ditado ‘soprar a brasa’ vem muito a propósito do que ocorre atualmente no País, em relação aos sentimentos de grandes esperanças depositadas no novo Presidente e às críticas que já começam a espocar em vários setores. (…)

Diante do que ocorre e para que a esperança continue firme no coração da população, principalmente daqueles que votaram acreditando nas mudanças com melhores condições de vida, é imprescindível que todos, indistintamente, independente de terem sufragado ou não o candidato Lula e também aqueles empedernidos críticos, adversários ou opositores, concedam ao novo governo a oportunidade para poder aplicar na realidade, tudo quanto pregam, lutam e acreditam poder fazer.

O momento e a hora, independente de credo, filosofia, doutrina ou política, é de‘soprar a brasa’, para que a fé e a esperança continuem firmes e arraigadas naqueles que esperam mudança, bem como e também, nos outros que não acreditaram na pregação do operário-metalúrgico, a fim de que todos fiquemos irmanados no desejo de dias melhores, pois o que está em jogo não é somente a esperança, mas sim o futuro da Nação.

Portanto, vamos acreditar e ‘soprar a brasa’ da fée da esperança, rezando para que o Governo de Lula dê certo.

Em todos os momentos em que a esperança se torna a principal força a nos levar adiante, lembro deste editorial escrito pelo saudoso Orpheu, que hoje se aplica ainda com maior perfeição, pela coincidência do retorno de Lula à Presidência. 

Sem adesismo acrítico, mas com a plena convicção de que está em jogo, como ressaltou meu pai, é o futuro do País, estaremos atentos e vigilantes, como cabe à imprensa, porém confiantes e dispostos a soprar a brasa da esperança e dar a nossa contribuição para iluminar nosso País com o lume da informação de qualidade, da ciência e da Justiça. 

Leia nessa edição – A Revista JC de janeiro destaca na capa a entrevista com o Ministro Bruno Dantas, efetivado em dezembro na Presidência do Tribunal de Contas da União, que fala sobre os planos de sua gestão e sobre a nova postura da Corte de Contas, que para além de vigiar, julgar e punir as infrações dos gestores públicos, hoje busca atuar preventivamente, munindo os gestores com informações técnicas e as melhores ferramentas de gestão para evitar que os erros e malfeitos aconteçam.    

Em outra entrevista, o Presidente da Conamp, o Promotor de Justiça Manoel Murrrieta, defende a aprovação do Estatuto da Vítima e fala sobre as bandeiras da entidade para a carreira dos membros do Ministério Público, além de se dizer confiante no estabelecimento de um diálogo positivo com o futuro governo. 

Em artigo, o Presidente da OAB, Beto Simonetti, faz um balanço de seu primeiro ano à frente da Ordem, no qual afirma ter colhido como “saldo” a certeza de que o objetivo mais adequado para a entidade nesta quadra histórica “é a busca da dignidade para a profissão”. 

A edição traz reportagem  sobre o notável  Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, lançado pelo Conselho Nacional de Justiça para sedimentar o engajamento formal do Poder Judiciário brasileiro na adoção de ações afirmativas e compensatórias para a superação da desigualdade racial e o combate ao racismo. 

Leia ainda em JC de janeiro artigos de ilustres juristas e cientistas sobre a continuidade do combate à desinformação, sobre as perspectivas jurídicas da saúde suplementar, sobre o desenvolvimento de competências interpessoais na magistratura, sobre o Direito do Trabalho e a geração de empregos e muito mais. 

Boa leitura!