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Tempos de responsabilidade

16 de setembro de 2015

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Estamos vivenciando tempos que exigem de todos que exercem posições de liderança, seja na política como no executivo e legislativo; na direção dos órgãos sindicais, a efetiva participação daqueles que, no exercício de suas atividades, difundem suas ideias que refletem na formação da opinião pública.

A economia está em descompasso constante e decrescente, ocasionando, no empresariado, crise preocupante, gerando desemprego que se aproxima de dez por cento na massa trabalhadora. Dados divulgados conforme publicação em 26 de agosto na Folha de São Paulo apontam os números de 92,2 milhões de empregados e 8,354 milhões de desempregados. Somente no período de abril a junho passado o Brasil perdeu 971 mil empregos com carteira de trabalho assinada.

 A quantidade de empresas comerciais fechadas é assustadora, como se constata pelo número de lojas para alugar em todas as ruas do centro do Rio de Janeiro e de outras capitais.

A crise ocasionada pela queda da economia no mundo pegou o Brasil inconsciente e irresponsavelmente despreparado, fato agravado pelo descrédito moral decorrente da nefasta corrupção, gerada criminosamente por políticos e empresários denunciados nos crimes praticados nas operações do Mensalão e no Lava Jato, da Petrobras, e vários processados e alguns já presos, julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal.

As benesses, regalias e concessões que vêm sendo levianamente conferidas pelo governo, auferidas por corporações ávidas de reivindicações incompatíveis com a realidade do erário, se contrapõem à triste realidade da situação social que a Nação atravessa.

No mundo, vários países em profunda e grave crise econômica, política e social, arcando com altos sobressaltos e revoltas populares, tentam e buscam contornar problemas para evitar a sangria do desemprego, com a diminuição no horário do trabalho e a redução de 20 e 30% no salário dos empregados, o que propiciou alívio e conteve sensivelmente a dispensa de trabalhadores.

Portanto, é tempo e hora de todos indistintamente assumirem a responsabilidade do momento presente, tentando evitar o mal maior que será indubitavelmente o esboroar da economia e, consequente, o agravamento da crise que se avizinha, com a inflação em ascendência corroendo a remuneração dos assalariados.

Afastado que está presumidamente o perigo do impeachment, ante o amainar da sua controvérsia e, finalmente, aliado à nova posição da Presidente Dilma Rousseff, que reconheceu com humildade a falta de providências próprias e devidas na solução de problemas políticos e administrativos que se apresentaram no governo, afirmando, com declarações alvissareiras tomadas no sentido de “melhorar a gestão, detectar sobreposição de funções e ter mais eficiência”, e o mais importante, quando respondendo aos jornalistas que a entrevistaram, se tinha sido “completamente surpreendida”, respondeu: “Fui. Acho, e lamento profundamente”. 

Além do que se espera daqui para frente da Presidente Dilma, na efetiva administração do governo, também se deseja que os sindicatos e as centrais de trabalhadores entendam o difícil momento por que o Brasil passa e colaborem para que consigamos encontrar o caminho da volta do necessário progresso.

E que todos ajudem e assumam a responsabilidade com o Brasil.